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A lenda da Sereia Má da Ilha das Couves: o encanto e o mistério das águas de Ubatuba

Entre o azul cristalino do mar e o verde da mata atlântica, a Ilha das Couves é um dos destinos mais deslumbrantes de Ubatuba. O cenário paradisíaco, com peixes coloridos, tartarugas e águas calmas, parece saído de um sonho. Mas, segundo os moradores locais, também guarda um segredo que há gerações desperta curiosidade e fascínio: a lenda da Sereia Má da Ilha das Couves.

Uma história que mistura encanto, advertência e respeito à natureza, dando um toque de mistério a um dos lugares mais visitados do litoral norte paulista.

Entre o real e o imaginário

Localizada a cerca de 2 km da Praia de Picinguaba, a Ilha das Couves encanta quem chega de barco com suas duas pequenas praias e águas tão transparentes que é possível ver os peixes nadando sob os pés.

É fácil entender por que esse cenário inspirou histórias lendárias. Dizem que, em noites de lua cheia, uma mulher de beleza incomum aparece entre as rochas e entoa um canto doce e hipnotizante. O som, dizem, é irresistível. Mas quem se deixa levar por ele pode nunca mais voltar.

A origem da lenda

A história faz parte da tradição oral caiçara, passada de geração em geração entre os pescadores de Picinguaba.

Eles acreditam que o mar tem alma e vontade própria, e que as sereias são espíritos guardiões das águas, capazes de proteger ou punir conforme o respeito dos homens ao oceano.

Na versão mais contada, a Sereia Má era uma jovem caiçara apaixonada por um pescador que partiu para o mar e nunca voltou. Tomada pela tristeza, ela esperou dias e noites até ser levada pelas ondas. Desde então, seu espírito vagava pela Ilha das Couves, atraindo com o canto aqueles que desafiam o mar ou desrespeitam suas águas.

A sereia como guardiã da natureza

Com o tempo, o mito ganhou uma nova leitura: muitos acreditam que a sereia não é má, mas apenas protetora da ilha.

Ela puniria quem polui, destrói ou ultrapassa os limites do respeito ao ambiente marinho. Essa visão simbólica se tornou ainda mais relevante nos últimos anos, com o aumento do turismo e os impactos ambientais na região.

Assim, a lenda da Sereia Má se transformou em um alerta poético. O mar é generoso, mas sabe se defender quando é ferido.

O encanto e o medo

Muitos pescadores garantem já ter ouvido o canto da sereia vindo do mar, especialmente ao entardecer. Outros relatam ter visto uma figura esguia, de cabelos longos e molhados, sentada nas pedras próximas à ilha.

Há até mergulhadores que dizem sentir um arrepio inexplicável ao se aproximar de um ponto conhecido como o “muro submerso”, uma formação rochosa misteriosa que parece guardar os segredos da lenda.

Se é mito ou verdade, ninguém sabe ao certo, mas o fato é que o mistério torna o passeio pela ilha ainda mais encantador.

Mito, poesia e consciência ambiental

A lenda da Sereia Má não é apenas uma história para assustar turistas. Ela é, antes de tudo, um convite à reflexão sobre a relação entre o homem e o mar.

Assim como os antigos caiçaras criavam mitos para ensinar respeito à natureza, hoje a lenda serve de lembrete para que os visitantes preservem o paraíso que têm diante dos olhos.

Quem chega à Ilha das Couves logo entende: o canto do mar pede silêncio, cuidado e consciência. E talvez por isso a lenda ainda ecoe, como uma forma de o oceano falar conosco.

Uma visita inesquecível

Explorar a Ilha das Couves é uma experiência que une beleza natural, cultura e um toque de mistério. Durante o passeio de barco, é impossível não se encantar com as cores do mar e imaginar a presença silenciosa da sereia guardando as águas.

Mais do que um destino turístico, a Ilha das Couves é um símbolo de harmonia entre o homem e a natureza. E quem visita volta não só com fotos incríveis, mas com uma nova forma de ver o mar.

Então, ao embarcar com a Rainha Turismo Náutico, deixe-se envolver pela magia da Ilha das Couves. E, quem sabe, entre o som das ondas e o sopro do vento, você também não ouve o canto da sereia?